Em sorteio no STF, o que ‘cai’ no colo de Mendonça faz Randolfe dar “chiliques”

O recém-empossado ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), André Mendonça, foi sorteado para ser relator de um pedido que o senador de oposição, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), protocolou na Corte contra o presidente Jair Bolsonaro.

Randolfe, que foi vice-presidente da CPI da Covid-19, que é crítico voraz ao Governo Bolsonaro, pediu para que o STF apurasse a fala do presidente a respeito de demissões no Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).

Bolsonaro ficou sabendo que servidores do órgão impediam a construção de uma loja da Havan, empresa de Luciano Hang, porque, nas escavações havia sido encontrado um pedaço de azulejo, em 2019.

“Tomei conhecimento que uma obra de uma pessoa conhecida, o Luciano Hang, estava fazendo mais uma loja, e apareceu um pedaço de azulejo nas escavações.
Chegou o Iphan e interditou a obra. Liguei para o ministro da pasta e (perguntei): que trem é esse? Porque não sou inteligente como meus ministros. O que é Iphan, com PH?
Explicaram para mim, tomei conhecimento, ripei todo mundo do Iphan. Botei outro cara lá”, disse o presidente.

Randolfe acredita que Jair Bolsonaro cometeu crime ao, supostamente, praticar advocacia administrativa “ao patrocinar interesse ilegítimo (liberação de obra irregular), valendo-se da sua qualidade de mandatário máximo da República”.

Agora, com esse sorteio, o senador já deu seus tradicionais “chiliques” e pediu para o ministro se declarar “suspeito” e não julgar o caso.