Biomédica volta a ser presa em apuração sobre morte após lipo

Caso envolve a morte de uma mulher durante uma lipoaspiração em maio do ano passado

A biomédica Lorena Marcondes, indiciada por homicídio doloso pela morte de uma paciente durante uma lipoaspiração em maio do ano passado, voltou a ser presa nesta sexta-feira (22). A detenção aconteceu em Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, em Minas Gerais. Lorena já tinha sido presa em maio do ano passado, quando cumpriu 15 dias de detenção em Divinópolis, também em Minas.

A profissional foi indiciada pela morte de Íris Martins, que faleceu após sofrer duas paradas cardiorrespiratórias depois de passar por um procedimento de lipoaspiração feito no dia 8 de maio de 2023 pela biomédica em uma clínica. Na ocasião, a paciente chegou a ser levada para um hospital, mas não resistiu e acabou falecendo.

Na época em que os indiciamentos foram anunciados, em outubro do ano passado, a Polícia Civil mineira relatou que Lorena responderia por homicídio doloso qualificado por motivo torpe e por uma outra qualificadora chamada traição, em razão de ela ter enganado a paciente sobre o procedimento que realizaria.

“Motivo torpe, pois somente visava lucro. Outra qualificadora, chamada traição, porque ela engana seus pacientes, falava que era um procedimento não invasivo. Somente no corpo da Íris foram encontradas 12 incisões”, disse o delegado Marcelo Nunes, que investigou o caso.

Em nota, o advogado da biomédica, Tiago Lenoir, se pronunciou sobre a prisão e disse que já impetrou habeas corpus para que sua cliente seja liberada. Ainda de acordo com o defensor, Lorena teria “colaborado plenamente com as autoridades competentes” desde o início das investigações.

“Confiamos na justiça e temos a convicção de que a verdade prevalecerá, restabelecendo a reputação e a liberdade de Lorena Marcondes”, disse Lenoir.