Guerra Israel–Hamas pode ter escalada regional

Hezbollah pode unir-se ao Hamas contra Israel. Grupo terrorista libanês conta com apoio do Irã

Israel traçou um plano de três etapas para eliminar o grupo terrorista Hamas e, em seguida, sair com suas tropas da Faixa de Gaza. As Forças Armadas do país também ampliaram ações contra o Hezbollah, que pode, a qualquer momento, se unir ao Hamas contra Israel.

Enquanto isso, Estados Unidos e Rússia dão sinais de força em apoio aos seus aliados no Oriente Médio.

O ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, anunciou ao Parlamento que as Forças Armadas seguem, neste momento, a primeira fase do plano militar: bombardeios e, em breve, invasões por terra.

Esse tipo de manobra tem o objetivo de neutralizar a ação dos terroristas e demolir por completo sua infraestrutura em Gaza.

“A segunda fase, intermediária, vai requerer operações de intensidade menor, com o objetivo de eliminar bolsões de resistência”, adiantou Yoav Gallant. O ministro afirmou que seus soldados verão “Gaza por dentro”.

Já o terceiro estágio do avanço israelense vai requerer, de acordo com o ministro: “A remoção da responsabilidade de Israel pela vida na Faixa de Gaza, e o estabelecimento de uma nova realidade de segurança para os cidadãos de Israel.”

Ataques ganham força

As Forças de Defesa de Israel (FDI) anunciaram nesta sexta-feira, 20, o bombardeio de mais de 100 alvos terroristas do Hamas.

Em meio aos ataques, a igreja de Santo Porfírio, que abrigava refugiados, também foi atingida. A informação é do Patriarcado Ortodoxo de Jerusalém, principal organização cristã palestina. Na vila Al Zahra, ao sul de Gaza, drones e caças demoliram um bairro por completo.

Já são mais de 4 mil palestinos mortos após o massacre do Hamas contra Israel em 7 de outubro. O mais brutal ataque terrorista do país em 50 anos causou 1.300 mortes, além de estupros e sequestros de moradores e militares.

Hezbollah pode se unir ao Hamas

Assim que o ataque por terra começar, Israel sabe que o grupo terrorista libanês Hezbollah poderá lutar junto ao Hamas. Ambos contam com financiamento do governo do Irã, e a ampliação da força inimiga traria riscos de uma escalada regional da guerra.

Os militares israelenses já esvaziaram vilarejos em um raio de 2 km da fronteira com o Líbano.

“Esse tipo de evacuação permitirá que as FDI expandam sua liberdade operacional para agir contra o Hezbollah”, anunciou em um comunicado o porta-voz militar Daniel Hagari.

EUA enviaram dois porta-aviões para alertar o Irã

Os Estados Unidos, por sua vez, enviaram um sinal do seu poder ao Irã, enviando dois porta-aviões ao Mediterrâneo Ocidental.

Aliado do Irã, o presidente russo, Vladimir Putin, entendeu bem o recado e logo tratou de levar seus caças com mísseis hipersônicos “para controlar os acontecimentos”.