Médico ensina método para ajudar pacientes a sentir cheiros após a covid-19

Para auxiliar pacientes que relataram perda de olfato após o contágio pela covid-19, o otorrinolaringologista Alexandre Colombini aplica um método que auxilia na recuperação do bem-estar e da própria saúde dos pacientes, já que sentir o cheiro pode ajudar a pessoa em recuperação a ter vontade de se alimentar.

Embora seja considerado um dos sintomas mais comuns durante e após a covid, a condição que surge de maneira repentina e intensa pode ser atenuada e assim o paciente recupera a capacidade de sentir cheiros. Colombini explica que “Cerca de 65% das pessoas infectadas com o coronavírus experimentam alterações no paladar ou no olfato. Isso ocorre mesmo sem a presença de outros sintomas respiratórios como o nariz entupido, por exemplo”, diz.

O especialista afirma que o treinamento olfatório, composto de uma técnica simples e que pode ser reproduzida em casa, é eficiente para que a capacidade olfativa seja recuperada. O especialista recomenda que a técnica de reabilitação seja realizada duas vezes ao dia, por pelo menos três meses consecutivos.

Ítens necessários e instruções para o treinamento

Colombini recomenda separar alguns fracos de vidro para introduzir alimentos que vão despertar o olfato; após isso, inserir em cada um deles, individualmente, ítens como: pó de café, mel, cravo, vinagre de vinho tinto, essência de baunilha, suco concentrado de tangerina e pasta de dente. Ele recomenda que, se houver mais de um paciente na família, que cada um tenha seu kit.

Após preparar os frascos, o paciente deve cheirar cada um dos frascos por 10 segundos, duas vezes ao dia, por pelo menos três meses. Ele recomenda que sejam feitos intervalos de cerca de 15 segundos entre um frasco e outro.

De acordo com o otorrinolaringologista, a ausência de olfato nos pacientes costuma durar entre quatro a seis semanas na maioria dos casos. Ele pontua que os estímulos do treinamento olfatório ajudam para que a recuperação seja mais rápida: “E? válido lembrar que este treinamento não substitui a consulta médica, pois apesar de menos comum, gripes, resfriados, doenças como rinites e sinusites crônicas e até neurológicas também podem afetar o nervo olfatório”, enfatiza.

Com informações do Metrópoles