Oficiais de defesa dizem que Trump ainda é o comandante-chefe e se recusam participar em golpe militar

Apesar de existir uma campanha dos democratas e da mídia mainstream para deslegitimar o presidente Donald Trump após a invasão do Capitólio na quarta-feira (6) os funcionários do Departamento de Defesa pretendem evitar pressões externas e continuar a reconhecê-lo como o comandante-chefe até a data da posse de Biden, recusando-se em participar de “um golpe militar”.

Foi amplamente divulgado na sexta-feira (8) que a presidente da Câmara, Nancy Pelosi, pediu ao general do Exército, Mark A. Milley, para limitar o acesso do presidente ao chamado “código nuclear” do país, que contém códigos de lançamento para um vasto arsenal de armas nucleares dos Estados Unidos.

Pelosi ligou para o General Milley para pedir-lhe que ignorasse as ordens de Trump para usar esses códigos. Não está claro o que a levou a fazer a ligação. Nenhuma ameaça específica de Trump parece existir, o que sugere que a ligação foi feita por fins políticos.

A democrata da Califórnia teria dito a Milley que deseja impedir o presidente de responder às ameaças internacionais durante os últimos dias de seu mandato.

A NPR relatou que Pelosi disse aos seus colegas democratas que falou com Milley sobre “as precauções disponíveis para evitar que um presidente instável inicie hostilidades militares ou acesse os códigos de lançamento e ordene um ataque nuclear”.

“A situação deste presidente desequilibrado (…) não poderia ser mais perigosa e devemos fazer tudo o que pudermos para proteger o povo americano de seu ataque desequilibrado ao nosso país e à nossa democracia”, escreveu Pelosi.

Mas, de acordo com o The New York Times, o Pentágono permanece neutro nas disputas partidárias.

Uma declaração do coronel Dave Butler, porta-voz do general Milley, confirmou ao The Times que a ligação ocorreu.

“[Gen. Milley] respondeu à suas perguntas sobre o processo de autoridade do comando nuclear”, disse Butler.

O jornal conversou com outros funcionários do Pentágono que estavam hesitantes em se envolver na luta política de Pelosi, de acordo com os repórteres David Sanger e Eric Schmitt do The Times.

“Sr. Trump ainda é o comandante-chefe; a menos que ele seja removido, os militares são obrigados a seguir suas ordens legais. Embora os oficiais militares possam se recusar a cumprir ordens que consideram ilegais – ou retardar o processo, enviando essas ordens para uma revisão legal cuidadosa -, eles não podem remover o presidente da cadeia de comando. Isso equivaleria a um golpe militar” disseram as autoridade aos jornalistas Sanger e Schmitt.

“A questão que mais preocupou as autoridades é o anúncio do Irã de que começou a enriquecer urânio com pureza de 20% – quase a qualidade necessária para fazer uma bomba. Em dezembro, Trump pediu opções militares que poderiam ser tomadas em resposta à escalada da produção de combustível nuclear do Irã, mas ele foi dissuadido por uma série de altos funcionários, incluindo o general Milley e o Secretário de Estado Mike Pompeo”, noticiou o jornal Times.

Pelosi e outros democratas usaram os eventos do Capitólio para justificar ir atrás de Trump e sinalizaram que pretendem vingança política contra ele após “medo” de seu estado mental durante seus últimos dias no cargo.

Os democratas também anunciaram que planejam novamente impeachment do presidente, e há rumores de que eles podem tentar removê-lo do cargo usando a 25ª Emenda da Constituição com menos de duas semanas restantes para seu mandato.

Outros legisladores democratas também teriam pressionado Gen. Milley desde quarta-feira. Mas, por enquanto, os militares os rejeitaram e pretendem permanecer neutros da política. As informações são de Kipp Jones, do The Western Journal.

Trump continua a ser a única pessoa no governo com capacidade para ordenar diretamente uma ação militar e que tem a liberdade de usar o arsenal nuclear do país.

Fonte: Terça Livre