Shellenberger diz estar frustrado com a mídia pró-censura

O comunicador norte-americano elogiou algumas mudanças em veículos tradicionais

O jornalista Michael Shellenberger retornou aos Estados Unidos neste final de semana e usou o X para dizer que está frustrado por ver como a mídia brasileira defende a censura, mas comemorou alguns posicionamentos de grandes veículos de comunicação.

O comunicador que atuou na investigação chamada de Twitter Files Brasil elogiou a forma como o jornal O Estado de São Paulo apresentou seus pontos de vista durante uma entrevista e, em seguida, elogiou um editorial da Folha de São Paulo que criticou a censura promovida pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

“Como todos vocês sabem, estou frustrado com as atitudes pró-censura de muitos meios de comunicação brasileiros. Fiquei, portanto, feliz porque o Estado de São Paulo representou de forma justa e precisa meus pontos de vista nesta longa entrevista. Também fiquei feliz ao ler este editorial forte e sensata da Folha criticando, enfim, a censura de Alexandre de Moraes. A Folha demorou muito. Mas antes tarde do que nunca”, escreveu.

Nas semanas que esteve no Brasil, Shellenberger concedeu entrevistas, conversou com políticos e até mesmo participou de uma audiência pública realizada pela Comissão de Comunicação e Direito Digital do Senado.

Na ocasião, o jornalista falou sobre uma entrevista que fez com Lula (PT) na década de 1990 e que, na época, o político se posicionou contrário à censura. Hoje, porém, o jornalista teme que o Brasil esteja vivendo uma censura.

Outro ponto do discurso, é que ele tem investigado os arquivos do Twitter há um ano e meio, mas que não tinha procurado nada sobre o Brasil até receber o contato de David Ágape e Eli Vieira.

Os documentos do Twitter Files Brasil revelaram que o Brasil está envolvido em um “caso de ampla repressão da liberdade de expressão”, que é liderado pelo ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).