Nasa lança foguete para explorar asteroide rico em metais

Sonda viajará 3,5 bilhões de quilômetros e deve chegar a Psyche em 2029

A Nasa lançou uma espaçonave para estudar um asteroide rico em metais, na sexta-feira 13. O lançamento ocorreu no Centro Espacial Kennedy, na Flórida. Espera-se que a máquina chegue ao asteroide em agosto de 2029.

Batizada de “Psyche”, mesmo nome do asteroide, a missão estava programada para decolar no dia anterior, mas não foi possível, por causa da chuva.

“A sonda Psyche viajará 3,5 bilhões de quilômetros para estudar esse asteroide que tem o mesmo nome da missão”, informou a agência espacial. “O asteroide, que fica na porção externa do principal cinturão de asteroides entre Marte e Júpiter, pode fazer parte do núcleo de um planetesimal (um bloco de construção de um planeta).”

Asteroide

Cientistas da Nasa estimam que o asteroide mede quase 300 quilômetros de diâmetro em seu ponto mais largo. O interior do objeto celestial pode ser metálico, assim como o centro da Terra e outros planetas rochosos do sistema solar.

“As descobertas podem ser algo completamente fora do nosso controle”, disse Lindy Elkins-Tanton, principal pesquisadora da missão.

A equipe de controle da missão Psyche planeja passar os próximos três a quatro meses realizando análises dos sistemas da espaçonave antes de enviá-la em sua jornada.

A espaçonave será impulsionada por propulsores de íons solar-elétricos que estão sendo usados pela primeira vez em uma missão no espaço. 

Depois de alcançar o asteroide, a sonda irá orbitar por 26 meses, examinando o Psyche com instrumentos construídos para medir sua gravidade, propriedades magnéticas e composição.

“Estou entusiasmado em ver o tesouro científico que Psyche irá revelar como a primeira missão da Nasa a um mundo metálico”, disse Nicola Fox, diretora de missões científicas na sede da agência em Washington.

“Ao estudar o asteroide, esperamos compreender melhor o nosso universo e o nosso lugar nele, especialmente no que diz respeito ao núcleo metálico misterioso e impossível de alcançar do nosso planeta.”